sábado, 1 de abril de 2017

Marcos Coimbra, da Vox, desmonta a tese de morte do PT

O sociólogo Marcos Coimbra, presidente do instituto Vox Populi, desmonta a tese da oposição e da grande mídia de que o PT "já acabou"; ele afirma que as várias pesquisas realizadas apontam que cerca de 15% dos brasileiros ainda mantêm identificação com o PT, mesmo com a campanha de guerra contra o partido; "Os 15% que as pesquisas estimam significam uma coisa simples: que algo com 22 milhões de pessoas identificam-se co o partido. Que há milhões de petistas distribuídos em todas as faixas e regiões brasileiras, apesar da campanha arrasadora e cotidiana que o partido sofre. (...) Quer dizer que é todo decretar o 'fim do PT' enquanto ele permanece como referência para tantas pessoas, em tantos lugares do Brasil", diz Marcos Coimbra em artigo na Carta Capital deste fim de semana


Em artigo na edição deste fim de semana da revista Carta Capital, o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do instituto Vox Populi, desmonta a tese da oposição e da grande mídia de que o PT está morto.

"Há quem ache que o PT 'está acabando' e quem suponha que 'já acabou'. São muito os que desprezam sua força atual, com base em leituras apressadas dos resultados das recentes eleições municipais. Alguns imaginam que o PT vai desaparecer no Congresso Nacional no curto prazo, em razão da 'debandada de senadores e deputados', que, na verdade, nunca aconteceu", diz Coimbra.

"Existem diversas pesquisas e todas dizem a mesma coisa. Na última pesquisa CUT/Vox Populi em que o assunto foi tratado, em dezembro de 2016, 15% dos entrevistados, quando perguntados qual partido tinham simpatia ou se sentiam identificados, responderam que pelo Partido dos Trabalhadores. Em segundo lugar, apareceu o PSDB, com 5%, e em terceiro o PMDB, com 2% das respostas. A imensa maioria dos entrevistados, 74% do total, disse 'nenhum'. Como se vê, o PT, depois de passar anos sendo alvejado, permanece com cerca de 60% do total das identificações partidárias e tem o dobro da soma de seus concorrentes próximos. É possível olhar esses números e deduzir que o PT está em queda, por já ter tido um nível de identificações superior. Seria verdade, pois, no auge, em 2010, chegou a ultrapassar 30%, mas vai errar quem tirar muitas conclusões daí", escreve.

Segundo Marco Coimbra, os 15% que o PT possui atualmente devem ser comparados ao tamanho do partido até 2002 e após 2012, antes e depois dos dez anos de "lulismo".

"Os 15% que as pesquisas estimam significam uma coisa simples: que algo com 22 milhões de pessoas identificam-se com o partido. Que há milhões de petistas distribuídos em todas as faixas e regiões brasileiras, apesar da campanha arrasadora e cotidiana que o partido sofre. (...) Quer dizer que é todo decretar o 'fim do PT' enquanto ele permanece como referência para tantas pessoas, em tantos lugares do Brasil. Elas têm o mais legítimo direito democrático de simpatizar com o partido em que acreditam", diz Marcos Coimbra.

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